segunda-feira, 12 de julho de 2010

Abertura e reabertura das bibliotecas da Faculdade de Direito da USP


COMUNICADO DA DIRETORIA


ABERTURA DAS BIBLIOTECAS DEPARTAMENTAIS DO
DFD, DES, DEF, DPC, DPM E
REABERTURA DA BIBLIOTECA CIRCULANTE


Comunicamos que a partir de 14/07/2010 terá início o funcionamento das Bibliotecas Departamentais DFD, DES, DEF, DPC, DPM e reabertura da Biblioteca Circulante no Prédio Anexo IV, à Rua Senador Feijó, 205, 2º, 3º e 4º andares, no horário especial de férias, das 8:15 às 18:45 horas, de 2ª a 6ª.

Num primeiro momento, somente o público USP terá acesso (discentes de graduação e pós-graduação, funcionários e docentes).

O usuário das Bibliotecas Departamentais deverá observar as seguintes regras:

a) deverá se identificar ao entrar e poderá retirar até 5 livros para consulta na sala de leitura do 3º andar do Anexo IV e para fotocópia. O pedido deverá ser devidamente anotado na papeleta de solicitação de material, mediante apresentação de um documento original com foto: Cartão USP, RG, OAB ou Carteira de Motorista;

b) deverá devolver o material até as 18:30 horas do mesmo dia;

c) além da possibilidade de consulta, poderão ser liberados 2 livros para empréstimo de fim de semana para os estudantes de pós-graduação e, excepcionalmente neste ano, para os graduandos do 5º ano;

d) o empréstimo de fim de semana poderá ser feito a partir da 12:00 horas de sexta-feira ou véspera de feriados prolongados, devendo ser devolvido até 12:00 horas da segunda-feira.

Com relação à Biblioteca Circulante, continuará sendo adotado o mesmo Regulamento de uso desta.


ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO
Diretor da Faculdade de Direito

ANDRÉIA WOJCICKI
Diretora do Serviço de Biblioteca e Documentação

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Monumentos em perigo


Saiu na Folha de S. Paulo na edição de 30 de junho de 2010 e também em um blog o texto abaixo.


Monumentos em perigo


CARLOS A. C. LEMOS
Alguns edifícios de grande importância arquitetônica em São Paulo, tal como o Edifício Esther, carecem de recursos para salvaguarda



Algumas vezes, a manutenção da integridade de monumentos tombados, sobretudo os urbanos, torna-se um problema insolúvel aos seus proprietários, que, por falta de recursos, depois de contemporizações várias, veem-se incapazes de arcar com a responsabilidade de guardiães daqueles bens culturais.
Na verdade, teoricamente, aqueles donos de bens significativos de nossa cultura material são meros depositários de coisas de interesse da coletividade; são genuínos guardadores de artefatos de alta valia social, portanto, de todos.
Já vimos, em algumas oportunidades, autoridades alegarem a inconstitucionalidade do auxílio pecuniário do governo nessas ocasiões em que bens tombados particulares estão postos em perigo.
Agora mesmo, em São Luís do Paraitinga, ouvimos do então secretário de Estado da Cultura afirmação contrária à ideia de ajuda estatal à reconstrução das residências afetadas pela enchente. Por que, se o patrimônio é de todos?
Alguns edifícios tombados de grande importância arquitetônica aqui em São Paulo estão carecendo de recursos destinados à sua salvaguarda. Necessitam urgentemente de assistência e ninguém toma qualquer decisão rápida solucionadora da questão.
O principal deles é o Edifício Esther, na avenida Ipiranga. Esse prédio, projetado pelo arquiteto Álvaro Vital Brazil, em 1935, é uma obra-prima de nossa arquitetura e pioneiro em sua modernidade.
Ali, seu autor, recém-saído do curso oferecido pela Escola Nacional de Belas Artes, que fora reprogramado por Lúcio Costa, aplicou as regras do funcionalismo de Le Corbusier temperadas com estilemas do "Art Déco", conforme a moda daqueles dias.
Esse edifício de beleza histórica, aos 75 anos de idade, está com as fachadas totalmente deterioradas, se desfazendo aos poucos para deixar toda a estrutura de concreto à vista.
Os interiores estão igualmente comprometidos pelo tempo.
Outro prédio, também ironicamente "protegido", é a sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, projeto de 1947, ano do concurso entre profissionais de renome e que acabou resultando em obra coletiva.
O projeto reuniu a sapiência e sensibilidade dos arquitetos Abelardo de Souza e Hélio Duarte, representantes da escola funcionalista carioca; Galiano Ciampaglia, Miguel Forte e Jacob Ruchti, mackenzistas voltados ao organicismo de Frank Lloyd Wright; Zenon Lotufo e Roberto Cerqueira Cezar, politécnicos, todos capitaneados pelo racionalista ilustre Rino Levi.
A sede do IAB, nos anos 50 e 60, teve dias de fausto e esplendor; hoje, as más línguas diriam que está em plena decadência, dado o abandono e lastimável estado de conservação dos exteriores. Tudo resumido à eterna "falta de recursos".
O edifício icônico de São Paulo moderna, o Copan, está com suas pastilhas de revestimento das fachadas se desagregando e caindo, ameaçando inclusive transeuntes.
Esse fato já mereceu reportagem desta Folha, onde se fez referência a patrocínio publicitário destinado a pagar o preço da intervenção reparadora daquele desprendimento.
A publicidade salvadora estaria estampada na enorme tela protetora translúcida, que envolveria o edifício durante sua recuperação.
Esse plano é ótimo e todos ganhariam com tais anúncios transitórios. A ideia também poderia ser estendida ao Edifício Esther, à sede do IAB e a outras construções periclitantes do nosso patrimônio arquitetônico.
Para a Prefeitura de São Paulo, com a adoção dessa medida salvadora, a questão não seria apenas ter uma "Cidade Limpa", mas torná-la, com o tempo, uma "Cidade Limpa e Restaurada".


CARLOS ALBERTO CERQUEIRA LEMOS, arquiteto, é professor de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.


Fonte: Conteúdo Livre