terça-feira, 29 de junho de 2010

Vedação de acesso a público sobre acervo de Göethe e descaso com a integridade de livros


O editorial "Na escuridão", da Folha de S. Paulo, de 28/06/10, informa que no Ministério da Justiça, "numa sala vedada ao público, sem proteção contra incêndio, mofam aproximadamente 6 mil volumes [de obras de Göethe], no que segundo especialistas constituiria a maior biblioteca da América Latina dedicada ao poeta e dramaturgo alemão".

O problema não é só este: "Também em Brasília, agora no Arquivo Nacional, um conjunto ainda mais importante de documentos sofre com o mesmo descaso. Informações sobre as ações da ditadura militar correm o risco de desaparecer. Infiltrações e fios elétricos expostos ameaçam um terço do total dos documentos oficiais referentes ao período".


Projetos de modernização possuem por conseqüência lógica e óbvia ululante o progresso.

"Vim, vi e venci" - exalta Júlio César por construir a glória e a sua noção de modernização em Roma.

Dentre as modernizantes ações do eminente romano, estavam, contudo, as de destruir obras da biblioteca de Alexandria.

Franciscanos devem proteger o acervo, o qual é mais antigo que a própria Facvldade. Infelizmente, no pensamento franciscano, restou como cicatriz incurável o fato ocorrido em janeiro de 2010 com a transferência rocambolesca dos livros, acontecimento comparável a outro célebre momento de César: Tu quoque, Brute, filii mi?