sábado, 29 de maio de 2010

Comentário sobre a entrevista

(A entrevista encontra-se abaixo do comentário)

Complementando o que expôs o nobre franciscano, hoje um respeitado juiz, a tristeza do professor Goffredo seria muito maior do que não ter seu nome gravado em uma eminente placa. É a mesma tristeza que ecoa dos franciscanos acerca de um quadro desolador decorrente de Álvares de Azevedo, cenário tão horroso quão "A Noite na Taverna":





Está aí a "modernização da faculdade".

Num amálgama entre os tempos da humanidade, o progresso que desejamos é o do aniquilamento a um templo do saber semelhante ao de Alexandria?

Talvez seja verdade, pelo que veiculou a Rede Globo, que a Velha Academia seja contra o progresso. Progresso que rasgue as páginas da História serão repudiados enquanto cultivarmos os óculos da sabedoria.

Acerca do progresso, o verdadeiramente magnífico Shakespeare sublinhou:

"Ó maravilha!
Quantas criaturas adoráveis existem aqui!
Quão belos são os humanos! Ó admirável mundo novo,
onde habitam semelhantes pessoas!"

Em nossas bibliotecas e em nossos corações, infelizmente, não ecoam os sublimes versos shakesperianos de "A Tempestade", mas a náusea ao "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley.